Com o tema da Campanha da Fraternidade de 2009 sobre Segurança Pública, a Pastoral Carcerária de Londrina ganha novo fôlego, uma vez que se pedia sua rearticulação em nível de diocesano. Somos mais de 40 pessoas que atuam dentro e fora das cadeias públicas e presídios nas cidades de nossa arquidiocese, motivados por uma coordenação diocesana, com apoio e incentivo total de nosso arcebispo.
domingo, 16 de maio de 2010
quarta-feira, 3 de março de 2010
Pastoral Carcerária: amor e dedicação
Com todos as dificuldades e preconceitos que enfrenta, a pastoral já construiu uma história de muitas realizações
Com uma estrutura que já existe há 20 anos, a Pastoral Carcerária conquistou reconhecimento e respeito entre as unidades carcerárias, entre os detentos e seus familiares e até mesmo na legislação, que assegura todos os seus direitos de atuação. Entretanto, a pastoral ainda busca o reconhecimento e colaboração de vários setores da sociedade.
Segundo o coordenador da Pastoral durante o ano passado, Railson José César Cardoso, o objetivo da pastoral é conscientizar as pessoas a respeito de sua realidade e incentivá-las a buscar algo melhor. Porém, além disso, existe todo um trabalho social, que consiste em proporcionar aos presos, melhores condições dentro das cadeias. Entre elas, estão a preocupação com alimentação, saúde e bem estar. Cardoso conta que recebe muitos bilhetes dos detentos, que pedem coisas como roupas, calçados, doces e outros artigos pessoais.
No entanto, Cardoso reconhece que ajuda não deve ser somente material, mas também espiritual e psicológica. “A palavra vem acompanhada do material, procuramos fazer essas duas coisas juntas”. Ele diz que o sentimento que tem com relação ao trabalho é de alegria e frustração ao mesmo tempo. “A tristeza é em relação à nossa impotência, porque são muitos presos em Londrina e a necessidade deles é muito grande. E a alegria é de acompanhá-los e depois nos encontramos nas ruas e eles contam que conseguiram sair e estão trabalhando”, relata.
Apesar do que pode ser entendido, o Padre Edivan Pedro dos Santos, nomeado para acompanhar os trabalhos da Pastoral carcerária, diz que a pastoral não vai aos presídios para fazer visita, e sim para evangelizar. “A pastoral é a presença da igreja e de Cristo junto aos encarcerados”, confirma.
Ele conta que os trabalhos são desenvolvidos nas dimensões religiosa, social e jurídica, sendo que esta última ainda precisa do apoio de pessoas especializadas na área. O contato com os detentos é realizado no pátio das penitenciárias, e o convite é estendido a todos que quiserem participar, sem que haja separação de pessoas ou obrigatoriedade. A evangelização acontece através de músicas, teatros, estudos da palavra, além das missas e confissões.
O padre conta que muitas vezes vai até as unidades carcerárias e volta indignado com a realidade que encontra, pois na maioria das vezes, o governo tenta apenas remediar uma situação que é fruto das relações socais. Ele acredita que as pessoas têm uma boa expectativa de que os presos sejam recuperados de seus crimes, mas esse sentimento se sustenta até que algo aconteça com elas ou próximo de seus familiares e amigos.
Santos afirma que, apesar dos problemas, se sente muito satisfeito por estar levando uma mensagem de amor para essas pessoas. Ele se alegra com isso e afirma que “a resposta é muito positiva. Eles estavam longe, e agora o convite é diferente. O convite é para voltar”.
Com todos as dificuldades e preconceitos que enfrenta, a pastoral já construiu uma história de muitas realizações
Com uma estrutura que já existe há 20 anos, a Pastoral Carcerária conquistou reconhecimento e respeito entre as unidades carcerárias, entre os detentos e seus familiares e até mesmo na legislação, que assegura todos os seus direitos de atuação. Entretanto, a pastoral ainda busca o reconhecimento e colaboração de vários setores da sociedade.
Segundo o coordenador da Pastoral durante o ano passado, Railson José César Cardoso, o objetivo da pastoral é conscientizar as pessoas a respeito de sua realidade e incentivá-las a buscar algo melhor. Porém, além disso, existe todo um trabalho social, que consiste em proporcionar aos presos, melhores condições dentro das cadeias. Entre elas, estão a preocupação com alimentação, saúde e bem estar. Cardoso conta que recebe muitos bilhetes dos detentos, que pedem coisas como roupas, calçados, doces e outros artigos pessoais.
No entanto, Cardoso reconhece que ajuda não deve ser somente material, mas também espiritual e psicológica. “A palavra vem acompanhada do material, procuramos fazer essas duas coisas juntas”. Ele diz que o sentimento que tem com relação ao trabalho é de alegria e frustração ao mesmo tempo. “A tristeza é em relação à nossa impotência, porque são muitos presos em Londrina e a necessidade deles é muito grande. E a alegria é de acompanhá-los e depois nos encontramos nas ruas e eles contam que conseguiram sair e estão trabalhando”, relata.
Apesar do que pode ser entendido, o Padre Edivan Pedro dos Santos, nomeado para acompanhar os trabalhos da Pastoral carcerária, diz que a pastoral não vai aos presídios para fazer visita, e sim para evangelizar. “A pastoral é a presença da igreja e de Cristo junto aos encarcerados”, confirma.
Ele conta que os trabalhos são desenvolvidos nas dimensões religiosa, social e jurídica, sendo que esta última ainda precisa do apoio de pessoas especializadas na área. O contato com os detentos é realizado no pátio das penitenciárias, e o convite é estendido a todos que quiserem participar, sem que haja separação de pessoas ou obrigatoriedade. A evangelização acontece através de músicas, teatros, estudos da palavra, além das missas e confissões.
O padre conta que muitas vezes vai até as unidades carcerárias e volta indignado com a realidade que encontra, pois na maioria das vezes, o governo tenta apenas remediar uma situação que é fruto das relações socais. Ele acredita que as pessoas têm uma boa expectativa de que os presos sejam recuperados de seus crimes, mas esse sentimento se sustenta até que algo aconteça com elas ou próximo de seus familiares e amigos.
Santos afirma que, apesar dos problemas, se sente muito satisfeito por estar levando uma mensagem de amor para essas pessoas. Ele se alegra com isso e afirma que “a resposta é muito positiva. Eles estavam longe, e agora o convite é diferente. O convite é para voltar”.
Karina Giorgiani
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